É essencial que, na relação do casal, valorize-se ainda mais o companheirismo, a paciência, o respeito e a compreensão das limitações físicas e emocionais de cada um.
A compreensão e a prática da sexualidade têm se modificado bastante ao longo do tempo, contudo, em muitos contextos, o assunto continua um tabu. Quantas vezes você já viu alguém falando sobre sexualidade na 3ª idade? Pois é! Mas ela existe. Segundo a Organização Mundial de Saúde, sexualidade é “uma energia que dá motivação para encontrar amor, contato, ternura e intimidade; integra-se no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ser-se sexual. A sexualidade influencia pensamentos e, por isso, influencia também a saúde física e mental”.
Os idosos não são seres assexuados e podem vivenciar e expressar sua sexualidade até mesmo em idades mais avançadas. É natural que as mudanças fisiológicas do envelhecimento tragam transformações nesse processo, mas a capacidade de manter-se sexualmente ativo pode – e deve – ser preservada. Aliás, quando os idosos tomam consciência de que as mudanças sexuais nessa fase são normais e que são produzidas pelos ritmos biológicos da vida podem compreender que não há interferência no desejo sexual e seus atrativos.
Sabendo que sexualidade não se restringe ao ato sexual em si, é essencial que, na relação do casal, valorize-se ainda mais o companheirismo, a paciência, o respeito e compreensão das limitações físicas e emocionais de cada um. A melhor saída é manter a saúde em dia e melhorar a qualidade de vida com atividade física, boa alimentação, tratar a ansiedade e depressão, evitar o consumo de cigarro e álcool, participar de grupos sociais, dialogar, cuidar da aparência, aceitar as mudanças e aproveitar a vida como ela merece.
Dr. Vinicius Faria – Psicogeriatra